segunda-feira, 27 de junho de 2022

Empreendedorismo no Ceará: Mulheres cearenses aquecem o mercado com seus pequenos negócios

As empreendedoras cearenses são sucessos total em seus negócios. Elas buscam a capacitação, participam de projetos, tem acesso à linha de crédito e criam produtos que o mercado necessita; batalham para o reconhecimento e ainda se tornam inspiradoras para outras pessoas.

A Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec) fez um levantamento de dados e constatou que em 2021, ocorreu significativo crescimento de aberturas de pequenas empresas, e principalmente por mulheres. O boom foi tão grande que foram quase 50% de novas empreendedoras. Em 2019, antes da pandemia a Jucec observou também que nesse mesmo período já havia muitas mulheres formalizando seus negócios, cerca de 45% de aberturas de novas empresas, eram mulheres.


Exemplo de empreendedoras

No período da pandemia a empreendedora Christine Heleine, se viu encurralada e com seu negócio totalmente parado. Porém, ela não desistiu, estudou muito, se dedicou e se reinventou. Christine desenvolveu Gelatos Funcionais com ajuda de parceiros como: Nutricionistas e engenheiros de alimentos, e trouxe essa grande novidade para o mercado local que é um produto zero açúcar, não contém glúten, livres de corantes, aromatizantes e gordura hidrogenada, feito totalmente da fruta. “Pensei no público que busca um equilíbrio alimentar e no público que possui restrição alimentar" relata a empreendedora.

A Gilcilene Castelo, moradora de Itaitinga-Ce, é outra micro empreendedora que por necessidade de não encontrar produtos saudáveis em sua região, em 2018 resolveu investir no segmento da gastronomia saudável.  Hoje ela faz sucesso com seus bolos, óleo de coco, farinha de coco e o seu carro chefe que é a maria maluca caseira: "É o que mais faz sucesso na região é a maria maluca", disse a doceira. Gilcilene vende seus produtos através do delivery e redes sociais. E sua renda atualmente vem desses produtos.

Já a artesã Soraia Ferreira Lima, que é cadeirante e mora em Pacatuba-Ce, faz biscuit há 18 anos, mas  se formalizou em 2019, e hoje ela é micro empreendedora, participa de feiras e exposições e faz muito sucesso com seus produtos. Ela confecciona em casa os biscuits, divulga e vende os produtos através das redes sociais.


Pequenos negócios em alta

O sonho das pessoas de classe menos favorecidas em serem empreendedores, está se expandindo cada vez mais no Brasil. Isso porque a micro e pequenos negócios nos últimos anos movimentou e esquentou o mercado com a chegada de novos empreendedores.

Segundo a administradora e consultora de pequenos negócios, Haline Cordeiro, a pessoa que já tem certo conhecimento em um produto e quer se tornar um micro empreendedor, as portas se abrem, e eles têm acesso à linha de crédito. Porém, ao mesmo tempo em que essas pessoas abrem seus negócios, por ter apenas habilidades no ramo, não quer dizer que a empresa dure muito tempo, pois o empreendedor precisa entender de gestão. ”Essas empresas que permanecem apenas 2 anos, elas precisam de sobrevivência e sustentabilidade e o negócio só pode ser sustentado se ele tiver gestão financeira que envolve o marketing, equipe, tecnologia e logística”, disse a consultora.

Ainda de acordo com Haline, as pequenas empresas respondem por uma boa parcela do PIB brasileiro. Os últimos números do SEBRAE apontam que a micro e pequena empresa atendem praticamente 27% do PIB, e diferentemente do que pensamos os pequenos negócios tem uma responsabilidade de colocar mais empregos de carteiras assinadas no mercado do que as grandes empresas. E é desse modo que o Brasil chegou a quase 9 milhões de micro e pequenas empresas. ”Ou seja, essas pequenas empresas são grandiosas na economia do Brasil”, finaliza.

 As pequenas empresas representam oportunidades para pessoas que saíram dos empregos, e resolveram abrir um negócio que se caracteriza pela inovação e necessidade do consumidor que até então, não era percebida.


Por Ana Freires

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